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Você conhece seu aluno com TEA?

A importância de conhecer seu aluno

 

Você realmente conhece seu aluno com TEA? Aliás, você conhece as especificidades de cada aluno, independentemente de laudo? Sabemos que não é fácil para o docente dar conta de tantas demandas em uma rotina escolar. Muitas vezes o professor tem mais de uma turma na qual leciona e isso pode dificultar o acesso e aproximação com os alunos de forma individualizada.

No entanto, é necessário que os professores e toda comunidade escolar estejam atualizados em relação às peculiridades dos alunos atípicos. Nesse espaço, discutiremos especificamente as características mais evidentes dos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), contudo, devemos lembrar que não são comportamentos padrões, os quais encontraremos em todos os alunos com esse diagnóstico.

Conhecer de perto seu aluno trás inúmeras vantagens em relação ao processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, seremos capazes de construir e planejar estratégias de ensino de forma mais direcionada, de modo que potencialize o avanço do educando.

 E como fazer para compreender melhor o aluno com esse transtorno do neurodesenvolvimento? Buscando conhecimento. Sem dúvidas essa seria a melhor resposta. Se inteirando das suas especificidades, características e o nível de suporte que cada um necessita. O conhecimento, a capacitação, o aperfeiçoamento profissional e a participação em cursos de formações sempre serão boas opções.

 É necessário que o professor esteja motivado e desejoso de adentrar nesse mundo e assim contribuir para o desenvolvimentos dos seus pequenos. Não há nada mais gratificante do que perceber a evolução dos alunos, independente de sua atipicidade. É um desafio? sem dúvidas que sim! mas o caminho pode se tornar mais leve quando conhecemos o percurso e  quando percebemos que podemos ser agentes transformadores nesse processo.

 

O que é o TEA? 

 

O termo “autismo” perpassou por diversas alterações ao longo do tempo, e atualmente é chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA) pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) (APA, 2014).

Ainda de acordo com o manual, o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos, sintomas que estão presentes desde a infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário do indivíduo (APA, 2014).

Os critérios que embasaram o diagnóstico do autismo passaram por diversas mudanças ao longo dos anos e foram descritos nos manuais de categorização nosológica. Os mais conhecidos e utilizados são o Manual de Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais (DSM). A Associação Americana de Psiquiatria (APA) publicou em 1952, a primeira versão deste manual e nela, os sintomas do diagnóstico de esquizofrenia faziam referência às “reações” psicóticas em crianças (reação esquizofrênica), não apresentando explicações específicas sobre o autismo, pois, ainda era algo bastante genérico e associado a psicopatias.

De acordo com a versão do manual mais atualizada, o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. ainda de acordo com essa edição, os primeiros sintomas do Transtorno do Espectro Autista costumam ser observados entre doze e vinte e quatro meses de vida do indivíduo. Observamos que, antes dos 12 meses, podemos notar um atraso ou outro no desenvolvimento. No entanto, os sintomas se apresentam de forma mais acentuada, a partir dos 24 meses de vida.

 

Características mais comuns e níveis de suporte

 

 Algumas características são comuns ao público com TEA. Dentre elas podemos destacar: atraso no desenvolvimento da fala, dificuldade de interação entre seus pares e familiares, perturbações em locais cheios e barulhentos, fascínio por objetos incomuns, esteriotipia vocal e motora, rotinas rígidas, dentre outras.

Portanto, não se pode homogeneizar o sujeito com TEA. Devemos  considerar que são sujeitos que se apresentam com condições diversas e com níveis de cognição diferentes. Por isso, pode-se compreender que o uso atual da nomenclatura (transtorno do espectro autista) possibilita uma abrangência de distintos níveis do transtorno, classificando-os de acordo com os níveis de suporte. 

O TEA se apresenta em subcategorias, nas quais podem ser classificados a partir do nível de suporte que cada indivíduo poderá demandar. Podendo ser: Nível 1, quando o indivíduo necessita de apoio; no nível 2, precisa de apoio substancial; e em nível 3, é exigido um apoio muito substancial (APA, 2014).

De fato, quando o docente se aproxima desse mundo e busca conhecer as principais especificidades do aluno com TEA, o percurso fica mais leve!

 

 

 

       

         

    

 

18 comentários em “Você conhece seu aluno com TEA?”

  1. Seu texto é extremamente elucidativo e aborda com sensibilidade e profundidade a importância de conhecer as especificidades dos alunos, especialmente aqueles com TEA. Você destacou com clareza a relevância do conhecimento e da capacitação dos educadores para promover um ambiente de aprendizado mais inclusivo e eficaz. A maneira como você conecta a teoria à prática, incentivando os professores a se aprofundarem nas características individuais dos alunos, é inspiradora. Seu trabalho certamente contribui para um ensino mais humano e transformador. Parabéns!

  2. Claudia Oliveira

    É importantíssimo esse tipo de iniciativa e conteúdo! Cada vez mais as escolas, professores e profissionais da educação em geral, precisam se esclarecer e ter acesso a informações sérias que ajudam no dia-dia profissional.

  3. Muito bom o material para que possamos ter clareza no que se refere a TEA. Hoje, nós professores encontramos muitas barreiras em relação a forma de trabalhar com alunos com TEA, seja por falta de laudos ou por falta de formação para trabalhar com alunos com características tão peculiares. É muito importante que esse trabalho de torne uma política pública de Saúde e Educação onde possamos ter formações mais aprofundadas sobre o tema e melhorar nossa pedagogia nesse sentido.
    Por isso a importância de iniciativas como essa para nos trazer essa clareza que é tão importante para nossa sociedade.

  4. Caroline Guimarães Damascena

    Diálogo extremamente relevante para o momento vivenciado atualmente. Traz clareza e oportunidade de engajamento de todos. Parabéns pelo conteúdo!

  5. O conteúdo aqui abordado é de uma extrema necessidade no dia de hoje e foi posto com uma clareza significativa que me fez entender de forma objetiva o TEA. Apesar de estar direcionado para a área escolar, a forma que este conteúdo foi trazido permite que qualquer pessoa que tenha dúvidas sobre o TEA possa ser esclarecida. Ótima iniciativa! Precisamos construir cada dia mais um ambiente inclusivo onde quer que seja e isso com certeza, só será possível através do conhecimento!

  6. Texto muito interessante e importante para todos lerem. As pessoas ainda têm dificuldade para entender o mínimo do TEA e no mundo acadêmico é essencial que os docentes conheçam e tomem posse sobre o conhecimento acerca do assunto para que possa saber atuar com as crianças com TEA que estiverem em suas turmas

  7. Anderson Macedo

    Um ambiente extremamente importante para profissionais que atendem pessoas com T.E.A, podendo trazer informações relevantes para serem aplicadas na prática, além de ser uma belíssima ferramenta de capacitação para esses profissionais.

    Parabéns pela iniciativa e siga firme neste propósito.

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