Os dois critérios:
Existem dois critérios para o diagnóstico do autismo de acordo com o DSM-5-TR: A-Prejuízo persistente na comunicação social e na interação e B- Os interesses e comportamento fixos e restritos.
O critério A (prejuízo persistente na comunicação social e na interação), pode ser caracterizado da seguinte maneira:
- Déficit na reciprocidade socioemocional/no prejuízo na linguagem verbal, não-verbal ou na integração entre elas;
- Déficit na iniciação e manutenção nas relações de amizade/intimidade;
No critério B (os interesses e comportamento fixos e restritos), deve está presente dois dessas quatros comportamentos a seguir:
- Estereotipias vocais ou motoras;
- Adesão inflexível a temas ou objetos;
- Adesão inflexível a rotinas ou rituais;
- Alterações significativas sensoriais;
Mas além disso, o diagnóstico depende de três condições! Quais são elas?
- Precisa aparecer na primeira infância– mesmo que os pais não tenham notado nos primeiros anos de vida, é necessário que eles reconheçam que esses comportamentos já eram presentes naquela época.
- O prejuízo precisa ser clinicamente significativo– O indivíduo precisa ter os traços numa quantidade “tal” que ele precise de apoio (pouco substancial, substancial ou muito substancial). Até porque todos os indivíduos de uma população irá apresentar algum traço relacionado ao autismo, em menor ou maior grau. O que interessa aqui é saber se está causando prejuízos no funcionamento e nas atividades do cotidiano.
- Essas características não podem ser melhor explicadas por atraso global do desenvolvimento ou deficiência intelectual: É necessário de fato profissionais muito qualificados para realizar essa avaliação e diferenciação. Até porque numa deficiência intelectual, por exemplo, quando ela se apresenta de uma forma mais agressiva, pode confundir com as características do autismo. Pois, é sabido que uma deficiência intelectual mais avançada dificulta a comunicação e as relações sociais na maioria das vezes.
E afinal, por que o diagnóstico é importante?
Para que o aluno possa ter os suportes necessários. Para que dessa maneira os estímulos direcionados ao desenvolvimento possa acontecer precocemente, e isso faz uma grande diferença. Quanto mais cedo iniciarmos os estímulos, melhor!
Ainda criança, é mais fácil se valer da neuroplasticidade cerebral e assim conseguir avançar de forma mais significativa. E isso implica em beneficiar o desenvolvimento de diferentes habilidades da criança durante a infância e ainda impedir que um comportamento indesejado cause prejuízos futuros.
amei, ajudou bastante!
A percepção das características do TEA por parte das famílias é primordial,o diagnóstico precoce possibilita maiores oportunidades e desenvolvimentos no cotidiano de pessoas Neurodivergentes.Principalmente nos indivíduos com TEA nível 1 de suporte,onde as estereotipias são bem mais amenas.
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