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Níveis de suporte: você conhece esse termo?

Níveis de suporte: 1, 2 e 3

Níveis de suporte é um termo relativamente novo, já que antes chamávamos de graus/níveis do autismo: leve, moderado e alto. E por que mudou? O DSM 5 (manual de diagnóstico e estáticos dos transtornos mentais) modificou para níveis de suporte: 1, 2 ou 3 e isso se relaciona com o grau de apoio que o estudante com autismo deverá demandar.

Em que é baseado esses critérios para classificação?

Essa divisão é baseada na intensidade dos sintomas, o quanto o autismo compromete a funcionalidade do aluno, ou seja, o quanto ele necessita de apoio terapêutico para desenvolver suas potencialidades. Isso tanto no ambiente escolar, quanto fora dele.

E por que saber em que nível o aluno se encontra é tão importante?

Para que os profissionais ( professores, terapeutas, fonoaudiológos e outros) possam desenvolver um trabalho de estímulos mais direcionados. Dessa forma, poderá ser desenvolvido um plano de tratamento mais individualizado e com mais chances de evolução. Os objetivos, estratégias e intensidades dos estímulos poderão ser realizados de uma maneira mais assertiva pela equipe multidisciplinar que acompanha o estudante.

Níveis de suporte:

Nível 1: Antes chamado de autismo leve. São aqueles estudantes que na maioria das vezes necessitam de menos intervenções para desenvolverem suas potencialidades e autonomia. Geralmente são alunos que se comunicam verbalmente, ou seja, possuem poucos prejuízos na fala, são mais autônomos nas atividades diárias e tem mais facilidade na aprendizagem. Apesar das características sutis, muitas vezes apresentam prejuízos na interação, principalmente quando há dificuldade de entender o funcionamento do mundo e do outro.

já os alunos que necessitam de um nível de suporte 2, apresentam as seguintes características:

Nível 2: Antes chamado de autismo moderado. Eles precisam de mais suporte para desenvolver as atividades diárias, quando comparados com os autistas de nível 1 de suporte. Em relação a comunicação, se apresenta mais prejudicada quando comparadas aos do nível 1 . Algumas vezes podem necessitar de uma comunicação alternativa (recursos visuais). Podem apresentar mais “crises”, ou seja, se desorganizam com mais facilidade, já que não apresentam uma linguagem tão desenvolvida para expressarem o que sentem. Podem apresentar um leve comprometimento na aprendizagem.

Ao tratarmos do aluno com necessidade de suporte em nível 3, teremos:

Nível 3: Antes chamado de autismo severo. Precisam de um suporte muito substancial e de apoio constante para as atividades diárias. Quase não conseguem desenvolver uma interação social. Em relação a comunicação, são dependentes totalmente de recursos visuais advindos da comunicação aumentativa e alternativa. Eles apresentem uma rigidez mental e um comportamento com pouca flexibilidade. Precisam de uma previsibilidade maior na rotina.

Portanto, são os alunos com mais dificuldade na questão da aprendizagem e por isso são os mais desafiadores para a equipe pedagógica, inclusive para os professores.

Dá pra avançar ou regredir no nível de suporte?

A melhor resposta seria: depende! do nível de estímulos e da qualidade deles.

Portanto, a forma e a qualidade das intervenções são essenciais para que ocorra uma evolução. Dessa forma, é importante dizer que quanto mais cedo o diagnóstico e quanto mais precoce iniciar as intervenções, melhor o resultado. O contrário também é verdadeiro, se não houver estímulos, o aluno com autismo poderá regredir de um suporte 1 para o 2.

Logo, a importância dos pais bem informados, o acompanhamento terapêutico precoce e o preparo dos professores para estimular e desenvolver estratégias importantes e direcionadas.

Por fim, é importante reforçar e lembrar que o autismo é um espectro bem amplo, por mais que exista uma classificação didática de níveis de suporte, as vezes não é exatamente assim que elas se apresentam na prática. Por exemplo: duas pessoas que estão no nível 2 de suporte, nem sempre precisarão dos mesmos apoios.

Concluindo, a classificação  não é só importante didaticamente, mas também para direcionar os estímulos e intervenções necessárias.

 

10 comentários em “Níveis de suporte: você conhece esse termo?”

  1. Euzelinda Moreira

    Aprender sobre TEA é muito importante, pois precisamos lidar todos os dias em sala de aula com alunos com esse transtorno.

  2. Parabéns pelo lindo trabalho de informação sobre um assunto tão importante. Muitos pais e familiares ficam inseguros diante desse diagnóstico e o esclarecimento ajuda a contribuirem com a evolução e cuidado com seu pequenos.

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