Como inserir as crianças com autismo na escola de uma maneira mais prática?
A inclusão escolar é um tema bastante recorrente nos encontros educacionais, no entanto, pouco se discute o que deve realmente ser realizado de uma maneira prática. Em sala de aula, quais as melhores estratégias que os professores devem adotar e que poderia facilitar esse processo de inclusão?
Podemos tornar o ambiente escolar mais inclusivo e bem mais acessível. Quando falamos de acessibilidade, não estamos falando apenas do acesso estrutural/arquitetônico. Esse termo abrange também as questões pedagógicas, atitudinais, sociais… enfim!
Devemos partir do pressuposto que os professores, quando necessário, devem realizar algumas adaptações, no entanto, não seria recomendado diferenciar o conteúdo. Podemos contemplar o mesmo conteúdo proposto no currículo, porém realizar adaptações que facilite o acesso a aprendizagem das crianças atípicas.
Um exemplo prático: Na aula de português, o professor está trabalhando interpretação de texto. Então, a turma recebe uma ficha com uma página de texto e algumas figuras. O docente pode então separar o texto em pequenas partes e diminuir a quantidade de informações na ficha. Uma figura, talvez, já poderia ser o suficiente.
Ele ainda pode se utilizar de algum assunto que esteja relacionado ao hiperfoco do aluno com autismo. Por exemplo: super-homem. Então, o professor poderá iniciar assim a atividade: Olá, aluno! O super homem trouxe um texto e você deverá ler e realizar a seguinte atividade…
Vamos para algumas estratégias práticas?
Dica 1:
Tente criar uma rotina para seu aluno. Vamos para exemplos? Buscá-lo na entrada ou recebê-lo na porta da sala sempre da mesma forma ( abraço, toque de mão… como ele preferir). Sabe porque isso é importante? lembra que falamos da previsibilidade? Elas precisam disso para se organizarem emocionalmente.
Dica 2:
Tentar diminuir os estímulos visuais da sala de aula. As salas de aula, de educação infantil principalmente, são geralmente muito decoradas, coloridas e com bastantes desenhos.
Sabemos que esses materiais foram elaborados com a intenção de trazer algo mais lúdico para os alunos e não devem ser totalmente retirados. Mas é importante ficar atento aos alunos com autismo e também com TDAH, já que se distraem mais facilmente.
Dica 3:
Devemos dar orientações claras, curtas e objetivas. Essa dica é benéfica para todas as crianças, não só para as que possuem atraso no desenvolvimento. Se for preciso, use recursos visuais e concretos para ilustrar o que você está solicitando. Podemos utilizar: imagens, símbolos, objetos e fotos.
Na aula de matemática, por exemplo: poderemos utilizar blocos (objetos) para caracterizar a situação de uma forma mais concreta e compreensível ao aluno. Dá pra usar algum objeto (escolhido como hiperfoco pelo aluno) para fazer continhas/probleminhas.
Enfim, sabemos que cada professor tem uma realidade em relação a vários aspectos: estrutura, materiais, conhecimentos prévios, quantidade excessiva de alunos…enfim! Portanto, procurar conhecimento e tentar facilitar a vida desses pequenos é de fundamental importância. Uma pequena ação pode fazer uma diferença enorme na vida deles.
Buscar informações em sites, blogs, google acadêmico, compartilhar experiências com outros professores, livros e até mesmo participar de momentos formativos já é um grande avanço no sentido de facilitar a inclusão desses estudantes.
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Maravilhoso!
Sabemos dos desafios encontrados pelos docentes para desenvolver habilidades em discentes com transtornos globais do desenvolvimento, porém estratégias diferenciadas para cada especificidade é de fundamental importância para o desenvolvimento dos mesmos. Sentir-se parte do contexto educacional é crucial!
Dicas valiosas para pôr em prática no dia a dia no ambiente escolar.
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