Defasagem na formação Docente
É recorrente a angústia dos professores em não saber lidar com algumas situações específicas em sala de aula. Principalmente quando se trata de alunos tão singulares, que são as crianças que estão dentro do Espectro autista.
A formação docente nas universidades, na maioria das vezes, não contempla disciplinas relacionadas ao TEA e, quando existem no currículo, são informações bastante basilares.
Quando passamos para a formação profissional, através de encontros de formação continuada, percebemos que são realizadas em um formato que não dá possibilidades de intervenções e contribuições reais aos professores. Já que os encontros formativos acontecem de forma muito pontual e muitas vezes sem a participação colaborativa do corpo docente.
Vamos para as contribuições práticas?
Para ajudar as crianças com autismo na escola, podemos seguir algumas dicas, vamos para elas?
- Inserir estímulos visuais: Boa parte dos alunos dentro do Espectro, se interessam mais pelo conteúdo exposto em sala de aula quando é apresentado também através de recursos visuais: figuras, imagens, objetos. Isso é importante porque traz o aspecto concreto do conteúdo e não fica apenas no campo imaginativo do pequeno.
- https://professorentendendotea.com.br/wp-admin/post.php?post=128&action=edit).
- Seja claro e objetivo: Utilize poucos comandos na explicação da atividade. Lembrando que quanto mais literal, melhor. Eles não costumam compreender metáforas, ambiguidades e frases de duplo sentido. Então, vamos facilitar a comunicação com nossos alunos! Exemplo: Pega o brinquedo, por favor!
- Não utilize sarcasmo: Você tem um aluno com autismo e vai dar uma bronca por conta da lição. Do tipo: Ahh! que bonito né? rabiscou toda o caderno!? Ele vai compreender que foi uma ação positiva e é provável que isso se repita.
- Fique atento(a) aos sentidos: a maioria das crianças atípicas possuem os canais sensoriais muito sensíveis. Por exemplo: muitas crianças com autismo se incomodam com o toque (som) da hora do recreio, outros não conseguem sentir o cheiro do lanche de outras crianças, outras gostam do toque forte do abraço, já outros tem aversão ao toque. As vezes pequenas alterações no ambiente podem resolver facilmente esses problemas. A criança pode sim, em algum momento, (após estímulos em terapias) conviver normalmente com essas questões. No entanto, isso leva tempo e enquanto ela ainda não progride, devemos sim adaptar os espaços.
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Utilize reforçadores:
Associe sempre que possível um reforçador após a realização de alguma atividade que foi solicitada e executada por ele. Como assim? Cada vez que ele terminar uma atividade, você pode entregar a ele algo que ele goste (pode ser algum brinquedo) para ele associar o que ele fez com uma coisa muito legal e importante.
E por último, mas não menos importante, lembrem-se: “Pequenas ações individuais se somadas por um determinado tempo, podem gerar um impacto positivo a longo prazo”.
Sugestão de vídeo reflexivo: A fábula do beija-flor (clica no link abaixo):
https://www.youtube.com/watch?v=JrzHahh9GN4
Maravilhoso.
Verdade Amiga. Quando foi cedido da secretaria de saúde para a secretaria de educação por 3 meses, ouvia alguns professores falando qua não tiveram disciplinas relacionadas a TEA. O que dificultava bastante para o aluno e também para os professores.