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Bullying e autismo no ambiente escolar

Bullying e autismo no ambiente escolar: como o professor poderá agir nessas situações?

O bullying é uma prática negativa e extremamente prejudicial. Afeta a vida de muitos estudantes, especialmente aqueles que já enfrentam desafios sociais e comportamentais, como as crianças com autismo.

O autismo é uma condição que afeta a maneira como a pessoa percebe o mundo, interage socialmente e se comunica. No ambiente escolar, essas diferenças podem ser alvo de atitudes preconceituosas e violentas.  Por isso, o papel do professor na identificação e intervenção diante do bullying é fundamental.

O Desafio do Bullying para Crianças com Autismo

Estudantes com autismo, em muitas situações, têm dificuldades de socialização, comunicação e entendimento de normas sociais. Por isso, pode tornar mais difícil a defesa contra atitudes de bullying na escola.

Eles podem não entender o que está acontecendo, não saber como reagir ou não ter a habilidade de comunicar seus sentimentos de maneira clara. Além disso, podem ter comportamentos que os destacam, como reações emocionais intensas, falta de contato visual ou movimentos repetitivos. Portanto, essas reações podem ser interpretados de maneira equivocada pelos colegas, gerando exclusão e agressões.

Como o Professor Pode Identificar o Bullying?

 É importante que os professores estejam atentos aos seguintes sinais:

  1. Mudanças no Comportamento: Se uma criança com TEA começa a apresentar mudanças no seu comportamento, como irritabilidade, retraimento ou ansiedade, isso pode ser um sinal de que está sendo vítima de bullying.
  2. Dificuldades acadêmicas e de socialização: O bullying pode afetar a motivação da criança para ir à escola, além de impactar seu rendimento acadêmico e suas interações com os colegas. Por isso, Uma queda repentina no desempenho pode indicar que algo não está bem.
  3. Reações Corporais: Estudantes com autismo podem não verbalizar o que estão sentindo, no entanto, podem demonstrar por meio de reações corporais como choro, agressividade ou o desejo de se afastar de determinadas situações ou pessoas. Por isso, os professores devem ficar atentos a esses sinais.
 Papel do Professor na Prevenção e Intervenção
  1. Promover a Empatia e o Respeito à Diversidade: O professor pode trabalhar com a turma a importância do respeito à diversidade, mostrando que as diferenças entre as pessoas enriquecem a convivência. Logo, atividades que abordem o autismo e outras condições também ajudam os alunos a entender melhor o que seus colegas com autismo estão vivenciando.
  2. Desenvolver Habilidades Sociais: Muitos estudantes com autismo não têm facilidade para entender regras sociais. O professor pode apoiar a criança, criando oportunidades para desenvolver suas habilidades de socialização, como em dinâmicas de grupo ou atividades que favoreçam a interação de forma mais controlada e confortável.
  3. Encaminhamento para apoio Psicopedagógico: O apoio de profissionais, como psicopedagogos ou professores da sala de atendimento educacional especializado, pode ser fundamental para ajudar tanto a criança com autismo quanto seus colegas de classe a compreender e lidar com as diferenças. Esses especialistas também podem trabalhar com os professores para adaptar a abordagem pedagógica e as interações sociais.
  4. Estimular a Participação Ativa da Família: A parceria entre escola e família é essencial para o sucesso de qualquer estratégia de inclusão. Manter os pais informados sobre o que está acontecendo e buscar soluções conjuntas pode ser uma forma eficaz de combater o bullying e promover a inclusão.

     

    Conclusão

    O bullying é um problema sério e deve ser enfrentado de frente, especialmente quando afeta crianças dentro do Espectro. Professores desempenham um papel fundamental na construção de um ambiente escolar seguro e acolhedor. Portanto, com práticas de ensino inclusivas, sensibilidade e comunicação eficaz, os educadores podem ajudar a criar uma escola mais justa, onde todos os alunos, independentemente de suas diferenças, possam se sentir respeitados, compreendidos e protegidos.

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2 comentários em “Bullying e autismo no ambiente escolar”

  1. LEOSSANDRA MARIA DE SOUZA SILVA

    Me identifiquei bastante com o tema abordado, já vivenciei de perto situações parecidas com o meu filho mais velho. Mas sempre fui muito atenta a todas as situações e sempre intervi quando algo acontecia, também sempre orientei meu filho a se defender e sempre mostrei pra ele o quanto ele é importante e amado por todos nós, então essa nossa pré conversa evitou que muitas crises fossem evitadas, portanto é fundamental que as famílias atípicas estejam atentas a todas as situações de bullying existentes.

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